Entrevista concedida para alunos da 6ª séria da Escola Monteiro Lobato. Afogados da Ingazeira
Por que você escolheu essa profissão?
Eu não escolhi, ela me escolheu. A minha escrita nasceu de uma ausência, quando a minha mãe encantou-se (quero dizer faleceu) cinco dias depois escrevi o meu primeiro poema. Um poema trágico, brotado da dor. O meu ofício de escritor é a minha vida, é o que há de Deus em mim. Será que Deus costuma doer?
Faz quanto tempo que você exerce tal profissão?
Tenho um caso de amor com a literatura desde a infância, quando o livro: “O pequeno príncipe” não me saia das mãos. As suas imagens poéticas me deixavam absorto. Mas, como falei anteriormente a escrita veio com o falecimento de minha mãe. O despertar da minha escrita veio com o seu cerrar de pálpebras.
O que você sente quando está escrevendo?
Um sentimento de liberdade, de gratidão, de amor. Com meus personagens dou corpo ao que em mim é incorpóreo, visto minha alma com o bordado das palavras, também a dispo da própria nudez. Meus personagens embalam meus sonhos e põe pra dormir meu medo.
Eu não escolhi, ela me escolheu. A minha escrita nasceu de uma ausência, quando a minha mãe encantou-se (quero dizer faleceu) cinco dias depois escrevi o meu primeiro poema. Um poema trágico, brotado da dor. O meu ofício de escritor é a minha vida, é o que há de Deus em mim. Será que Deus costuma doer?
Faz quanto tempo que você exerce tal profissão?
Tenho um caso de amor com a literatura desde a infância, quando o livro: “O pequeno príncipe” não me saia das mãos. As suas imagens poéticas me deixavam absorto. Mas, como falei anteriormente a escrita veio com o falecimento de minha mãe. O despertar da minha escrita veio com o seu cerrar de pálpebras.
O que você sente quando está escrevendo?
Um sentimento de liberdade, de gratidão, de amor. Com meus personagens dou corpo ao que em mim é incorpóreo, visto minha alma com o bordado das palavras, também a dispo da própria nudez. Meus personagens embalam meus sonhos e põe pra dormir meu medo.
O que seus livros retratam?
O primeiro Amor, Abstrata Loucura é um livro de poemas. Poemas com cheiro de infância apesar do que há de profundo em alguns deles. Batizei esse meu primeiro livro como meu pecado de juventude, não o lançaria hoje em dia, o acho muito imaturo. São poemas que ainda molham as fraudas. (risos). O segundo O Diário de Mória é o meu xodó, pois enquanto estava a escrevê-lo conheci um pouco mais sobre mim, sobre Deus, sobre a loucura que habita o cerne humano. Tive como matéria-prima a loucura, conversei com “loucos” e me descobri um. E o meu último livro lançado se chama Prece ao Pecado, um romance que desnuda nossos desejos.
O primeiro Amor, Abstrata Loucura é um livro de poemas. Poemas com cheiro de infância apesar do que há de profundo em alguns deles. Batizei esse meu primeiro livro como meu pecado de juventude, não o lançaria hoje em dia, o acho muito imaturo. São poemas que ainda molham as fraudas. (risos). O segundo O Diário de Mória é o meu xodó, pois enquanto estava a escrevê-lo conheci um pouco mais sobre mim, sobre Deus, sobre a loucura que habita o cerne humano. Tive como matéria-prima a loucura, conversei com “loucos” e me descobri um. E o meu último livro lançado se chama Prece ao Pecado, um romance que desnuda nossos desejos.
Qual seu maior sonho?
Tenho vários sonhos o que é peculiar a todo ser humano. Não dá para definir qual é o maior, tenho sonhos adultos e sonhos meninos, sonhos ainda criança, sonhos ainda aprendendo a falar o próprio nome.
As crianças têm acesso as suas histórias?
Já me surpreendi diversas vezes com crianças falando trechos dos meus livros, dizendo que leram ou que os pais leram e comentaram. Apenas não recomendo o terceiro, pois o mesmo tem trechos inadequados para crianças e adolescentes. Tenho um livro em processo de gestação para crianças, talvez para o ano seja lançado.
Que livro seu fez mais sucesso?
O Diário de Mória. Consegui vender todos os exemplares em apenas 3 meses.
Você tem algum ídolo escritor que se inspira nele?
Não busco inspiração nos escritores, apesar de ter uma multidão deles que admiro. Busco inspiração na natureza das coisas e dos seres. Nos gestos inocentes das crianças, no olhar da noite que cai sobre nós, na loucura humana nossa maior razão, nos aromas que nos embriagam, no silêncio que arranha a pele do verbo. E em tantas outras coisas que as palavras buscam vestir. Aproveitando o ensejo quero aproveitar para parabenizar a professora e a Escola Monteiro Lobato pelo incentivo e orgulho que tal atividade nos oferece.
Tenho vários sonhos o que é peculiar a todo ser humano. Não dá para definir qual é o maior, tenho sonhos adultos e sonhos meninos, sonhos ainda criança, sonhos ainda aprendendo a falar o próprio nome.
As crianças têm acesso as suas histórias?
Já me surpreendi diversas vezes com crianças falando trechos dos meus livros, dizendo que leram ou que os pais leram e comentaram. Apenas não recomendo o terceiro, pois o mesmo tem trechos inadequados para crianças e adolescentes. Tenho um livro em processo de gestação para crianças, talvez para o ano seja lançado.
Que livro seu fez mais sucesso?
O Diário de Mória. Consegui vender todos os exemplares em apenas 3 meses.
Você tem algum ídolo escritor que se inspira nele?
Não busco inspiração nos escritores, apesar de ter uma multidão deles que admiro. Busco inspiração na natureza das coisas e dos seres. Nos gestos inocentes das crianças, no olhar da noite que cai sobre nós, na loucura humana nossa maior razão, nos aromas que nos embriagam, no silêncio que arranha a pele do verbo. E em tantas outras coisas que as palavras buscam vestir. Aproveitando o ensejo quero aproveitar para parabenizar a professora e a Escola Monteiro Lobato pelo incentivo e orgulho que tal atividade nos oferece.
2 comentários:
Sempre sinto saudades do meu sertão. E você com esse poema me fez chorá-lo. Quanto a entrevista, acho que você deveria postar como poesia. Pois você até quando fala é poético ao extremo. Abraços amigo poeta.
Diego Recife
Fico profundamente agradecido por ter um conterrâneo tão cheio de pureza d'alma. Um conterrâneo tão cheio de ensinamentos para nos dar. É realmente bastante gratificante ter você em nosso meio, a nos inspirar para a arte da leitura.
Um grande abraço, meu velho amigo.
Luciano Gomes da Silva
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