sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Um último gole de sede - Diálogo com o poeta Fabrício Carpinejar no MSN


Alessandro Palmeira diz:
Brincando com a madrugada?
Fabrício Carpinejar diz:
ela brinca mais comigo
Fabrício Carpinejar diz:
de vez em quando estou dormindo
Fabrício Carpinejar diz:
e ela permanece acordada
Fabrício Carpinejar diz:
abraços
Alessandro Palmeira diz:
A comunidade no orkut sobre vc, cresce diariamente.
Fabrício Carpinejar diz:
que isso
Fabrício Carpinejar diz:
eu lamento não estar lá para ver
Alessandro Palmeira diz:
rss
Fabrício Carpinejar diz:
aprenderia muito
Alessandro Palmeira diz:
Passa lá depois
Fabrício Carpinejar diz:
eu nçao tenho senha nem nada
Fabrício Carpinejar diz:
página ou visto
Fabrício Carpinejar diz:
sou clandestino
Alessandro Palmeira diz:
então, não tens orkut
Fabrício Carpinejar diz:
não
Fabrício Carpinejar diz:
incrível, né
Alessandro Palmeira diz:
nada
Alessandro Palmeira diz:
agente perde um tempo danado
Alessandro Palmeira diz:
mais tbm ganha um tempo danado
Fabrício Carpinejar diz:
risos
Fabrício Carpinejar diz:
eu pensei: não dou conta do e-mail
Fabrício Carpinejar diz:
imagina com orkut
Fabrício Carpinejar diz:
risos
Alessandro Palmeira diz:
entendo
Alessandro Palmeira diz:
verdade
Fabrício Carpinejar diz:
poeta nasceu para perder tempo
Fabrício Carpinejar diz:
tempo a fundo perdido
Alessandro Palmeira diz:
e pro tempo ganhar poema
Alessandro Palmeira diz:
a eternidade só existe no tempo por causa do poeta
Alessandro Palmeira diz:
rss
Fabrício Carpinejar diz:
verdade
Fabrício Carpinejar diz:
vou lá, meu irmão
Fabrício Carpinejar diz:
dormir
Fabrício Carpinejar diz:
estou em campo grande
Fabrício Carpinejar diz:
solidão de hotel]
Alessandro Palmeira diz:
abraços
Fabrício Carpinejar diz:
estou conduzindo oficina de criação poética
Fabrício Carpinejar diz:
termina sábado
Fabrício Carpinejar diz:
tempestade tropical
Fabrício Carpinejar diz:
guarda-chuva destreinado
Alessandro Palmeira diz:
um dia pago tua passagem para vc conhecer Afogados da Ingazeira
Fabrício Carpinejar diz:
o sol é nuvem aqui
Fabrício Carpinejar diz:
onde isso?
Alessandro Palmeira diz:
e em Pernambuco quando farás oficina?
Fabrício Carpinejar diz:
PE
Alessandro Palmeira diz:
isso
Fabrício Carpinejar diz:
lindo o nome
Fabrício Carpinejar diz:
Afogados da Ingazeira
Alessandro Palmeira diz:
a minha cidade fica próxima a Sertânia terra de Marcelino Freire
Alessandro Palmeira diz:
ele conhece bem
Alessandro Palmeira diz:
sim, muito bonito, poético pacas
Fabrício Carpinejar diz:
quero conhecer
Fabrício Carpinejar diz:
nunca pintou oficina em pernambuco
Fabrício Carpinejar diz:
Se pintar, eu vou, com certeza
Fabrício Carpinejar diz:
antes que a cidade me habite
Alessandro Palmeira diz:
tentaremos te trazer
Fabrício Carpinejar diz:
a cidade de nome mais bonito é do rs
Fabrício Carpinejar diz:
sem bairrismo
Alessandro Palmeira diz:
agora não roube a cidade de mim
Alessandro Palmeira diz:
diz o nome da cidade?
Fabrício Carpinejar diz:
são josé dos ausentes
Alessandro Palmeira diz:
verdade
Fabrício Carpinejar diz:
a mais fria
Alessandro Palmeira diz:
tem presença demais essa cidade
Fabrício Carpinejar diz:
risos
Alessandro Palmeira diz:
lindo nome
Fabrício Carpinejar diz:
nascer já acostumado com a ausência
Fabrício Carpinejar diz:
isso deve ser interessante
Fabrício Carpinejar diz:
lindo, né?
Alessandro Palmeira diz:
ou na companhia dela
Alessandro Palmeira diz:
demais
Fabrício Carpinejar diz:
risos
Fabrício Carpinejar diz:
bom
Alessandro Palmeira diz:
Fabro
Fabrício Carpinejar diz:
tô um cara da madrugada mesmo
Fabrício Carpinejar diz:
inspirado
Fabrício Carpinejar diz:
eu já estou no último gole do rum
Fabrício Carpinejar diz:
no sangue
Alessandro Palmeira diz:
o meu vinho já acabou
Fabrício Carpinejar diz:
a garrafa verde do vinho
Alessandro Palmeira diz:
mais acabei me embriagando com a poesia de nossas cidades
Fabrício Carpinejar diz:
esconde o nosso fim
Fabrício Carpinejar diz:
é a mais honesta que conheço
Alessandro Palmeira diz:
rs
Fabrício Carpinejar diz:
a da cachaça
Fabrício Carpinejar diz:
é ambiciosa
Alessandro Palmeira diz:
ousada
Fabrício Carpinejar diz:
mostra até o que estamos por beber
Alessandro Palmeira diz:
logo tira as vestes
Fabrício Carpinejar diz:
não, ela já vem nua
Alessandro Palmeira diz:
despe-se até da própria nudez
Fabrício Carpinejar diz:
a da cerveja é impaciente
Fabrício Carpinejar diz:
ela não existe sozinha
Fabrício Carpinejar diz:
sempre está companhada
Fabrício Carpinejar diz:
de outras garrafas
Alessandro Palmeira diz:
rsssss
Fabrício Carpinejar diz:
é a mais triste de todas,
Fabrício Carpinejar diz:
vira casco
Alessandro Palmeira diz:
e mesmo acompanhada fica só
Fabrício Carpinejar diz:
sim
Fabrício Carpinejar diz:
a do uísque
Fabrício Carpinejar diz:
é feita de fumaça
Fabrício Carpinejar diz:
fogo envidraçado
Fabrício Carpinejar diz:
não bebemos, queimamos
Fabrício Carpinejar diz:
lentamente
Fabrício Carpinejar diz:
é a cozinha das garrafas
Fabrício Carpinejar diz:
o forno a lenha das garrafas
Fabrício Carpinejar diz:
vou ir, pois a conversa está me dando uma sede danada
Alessandro Palmeira diz:
rapaz vc está bem entendido de embriaguez
Fabrício Carpinejar diz:
risos
Alessandro Palmeira diz:
toma a sede ora
Fabrício Carpinejar diz:
eu sou bebido com muita facilidade
Fabrício Carpinejar diz:
pelas palavras
Fabrício Carpinejar diz:
abraços e inté
Alessandro Palmeira diz:
te estimo muito
Fabrício Carpinejar diz:
obrigado pelo drinque
Fabrício Carpinejar diz:
Fabro
Fabrício Carpinejar diz:
também
Alessandro Palmeira diz:
obrigado pelas palavras com ressaca
Alessandro Palmeira diz:
até
Fabrício Carpinejar diz:
sempre há uma enxaqueca para lembrar delas
Fabrício Carpinejar diz:
risos
Alessandro Palmeira diz:
risos

7 comentários:

Anônimo disse...

podem falar sobre ela, eu a bebo sem palavras, generosidade ou cautela, ja que não me recordo mais das madrugadas ébrias e saudosas(de Pinturas Risonhas, Enigmas e Palmeiras).
Ouvir ou ler essa conversa me da de novo vontade de ser sóbrio, só pra sentir o desejo de me embriagar novamente, a ebriedade contínua, de alma, de solidão e lembranças. abraço Palmeira! sucesso!

Hugo Del Portal disse...

Me gusta tu blog amigo Alessandro y mas que suicidas intentando vivir creo que somos muertos que creen estar vivos. Lástima que nunca nos damos cuenta de esto hasta cuando desencarnamos. Un abrazo a la distancia y tu blog ya está incluído entre mis favoritos. Tu amigo Hugo.

Anônimo disse...

Voces possuem um cheiro parecido e sensíbilidades iguais. Grande abraço.


Diego Recife

Anônimo disse...

Poeta é realmente louco. Deve ser gostoso ser vocês. Abraços poeta-ébrio.

Anônimo disse...

El silencio en las palabras, para mi es omitir sus sustancia y obliga a replantear en algunos casos el mensaje, y yo omito siempre....deseo el silencio y y el me ocupa...

Saludos y un abrazo cordial


PD: he leído tu blog, y no siendo el Portugués mi fuerte, me agrada como vez las situaciones.

Paulo Renato disse...

Poetas estão sempre embriagados de amor...

Anônimo disse...

Madrugadas essas...

essa ebriedade que não me deixa dormir sempre que falo com O poeta.



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